A literatura é o maior portal das realizações criativas. Nas histórias tudo pode ser criado... muros, pontes e num átimo de segundo, ser destruÃdo. Conseguimos elaborar planos mirabolantes, criar mundos, acabar com toda existência e com uma simples pena ou hodiernamente, teclados, reconstruir realidades fantásticas. Nas histórias, uma simples troca de olhar entre personagens pode levar o universo à ruÃna ou à glória, transformar vilões em heróis, ressignificar virtudes.
Com o passar do tempo, a literatura foi mimetizando o paradoxo da atualidade. O que era interessante há décadas, acabou por se tornar obsoleto. No entanto, há clássicos insuperáveis, inesquecÃveis, tanto na literatura mundial, quando na nacional. O que é real se perpetua na vida, a frivolidade exala.
O prazer de abrir um livro novo transcende a um significado factÃvel, tangÃvel. As surpresas que são esperadas pelo leitor, dão muitas vezes um norte para sua inquietude interna.
Há ensinamentos tão palpáveis e significativos nos livros, que os transportamos diretamente das páginas, para a vivência pura. Quem nunca se deparou com dilemas existenciais tão intensos quanto, por exemplo, os de Gregor Samsa( personagem de Franz Kafka, em A Metamorfose) que foi se deixando perder pela sua nova forma, sua inédita inutilidade? Quem nunca sentiu as angústias ante à s injustiças sociais vivenciadas por Bibiana e BelonÃsia( personagens de Itamar Vieira Júnior em Torto Arado)?
Quem já sentiu o vazio do não protagonismo da própria vida, como viveu Macabéa (personagem de Clarice Lispector em A Hora da Estrela)?
E a doçura das mensagens, cheias de significado do Pequeno PrÃncipe de Exupéry? Os exemplos são infinitos do quão significativa é na vida das pessoas a literatura. A palavra certa para defini-la é libertação. Portanto, não devemos nos prender a esse mundo limitado e sim, voar com os livros, flutuar com a nossa imaginação.